Um espaço para troca de figurinhas, de aprendizado, de críticas, onde partilhar criatividade é chave para a educação contemporânea.
domingo, 9 de novembro de 2008
domingo, 21 de setembro de 2008
sábado, 20 de setembro de 2008
Cegos e cativos
Eu desisto
Ouço a bela música ao fundo. Suas palavras adocicadas pelos instrumentos e, em especial pela voz afinada e melodiosa do cantor acabam por nos iludir. Falam de amor, da necessidade que temos de carinho, presença, conforto e preocupação sincera. Fala também de gente amarga, mergulhada no passado, que vive só para si e que só quer “repartir seu mundo errado”...
E onde residem os erros? O que nos leva a criar esse mundo de perspectivas amargas e sem amor? De onde vem esse deserto no universo, por onde perambulamos cegos e cativos? O que nos leva a cegueira e a escravidão?Será que essas letras só têm sentido no contexto em que foram escritas, ou seja, no Brasil da ditadura militar, entre os anos 1960 e 1970? Ou a música preserva elementos e idéias que podem e devem motivar novas reflexões à luz dos acontecimentos desse novo milênio?
Fomos silenciados, com brutalidade, durante os anos de chumbo... Os porões e as baionetas tentaram impor ao país uma obediência cega... E hoje? O que mudou? De que forma é possível atentar para as palavras do compositor Taiguara e perceber sua atualidade, pertinência e sentido em pleno século XXI, quase 40 anos depois do surgimento dessa música?A atualidade se revela na constatação de que hoje vivemos mais e mais olhando apenas para nós mesmos, fazendo o mundo girar em torno de interesses próprios, tornando os nossos umbigos o centro do universo. Não temos mais tempo reais para o próximo.
Nem mesmo quando as pessoas declaram agir em prol de outros, em atitudes teoricamente fraternas, transparece (na maioria dos casos) a atitude sincera e o real engajamento, sem qualquer outro objetivo a guiar esses passos e ações... Se não bastasse isso, não sabemos mais ouvir, queremos apenas impor nossas opiniões e idéias. Pouco importa se estamos certos ou não – o que vale é mostrar mais força e músculos para fazer valer o nosso rugido, em tom cada vez mais alto. Velhos e vãos motivos desencadeiam guerras e confrontos. Sem trégua e diálogo, caminhamos num deserto que deixou de ser apenas literal, lírico e musical para se tornar a realidade de milhões... E se não bastasse à canção de Taiguara, também Saramago em seu Ensaio sobre a Cegueira tem nos alertado sobre o desolador cenário em que vivemos...
O que fazer? Há muitas coisas a se fazer... Escutar é uma delas, mas de coração aberto, deixando os rancores, o orgulho e a inveja de lado... Outra ação primordial é estender a mão sem que interesses materiais nos mobilizem a fazer isso... Doe seu tempo, faça o bem, ajude a quem precisa isso tudo sem esperar ganho ou retribuição – sem que isso repercuta para você em moeda sonante ou votos, por exemplo...
Acima de tudo, precisamos recuperar a fé e a confiança de que o mundo pode ser melhor... Acreditar que a humanidade é capaz de praticar o bem e semear a bondade... E, especialmente, perceber que a força maior está no amor, na caridade, na misericórdia, na compaixão,...Recuso-me a desistir... Ainda creio na manhã que tanto persigo... Confio num lugar que me dê trégua e me sorria... Em gente que não viva só pra si...
Amazônia
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Encontro Educacional no Pólo- Escola Regina
Geografia Espaço e Vivência
"A montanha se ergue acima do chão, sendo chão. Quando o sol se põe, estende sua sombra sobre a terra, sendo a terra. A seus pés o horizonte se antecipa. De seu cume o horizonte vai mais longe. A montanha cabe exatamente em seu tamanho, sendo seu tamanho. Tão imóvel que o tempo ali fica mais lento. Seu cume é o cúmulo da terra, onde a nuvem se esconde. Onde a voz que grita se responde. Onde diminui o que é grande. onde a chuva e a neve chegam antes. Onde o espaço se espaça. De onde a águia alça vôo atrás da caça. Quanto mais alta a montanha, mais cedo a seus pés o sol se põe; mais forte em sua encosta o vento venta; de seu cume mais imensa é a imensidão." Arnaldo Antunes. As coisas. SP, Iluminuras 1996
A impressão que transmite uma forma de relevo, a montanha.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Projeto Pedalando e Aprendendo
Encontro de Políticos, Educadores na entrega de 71 bicicletas aos estudantes da Escola Estadual
do município da Barra do Chapéu/SP pelo melhor desempenho no IDEB. Dra Monica Serra, a Coordenadora da CEI,Profª Edna e a Dirigente de Ensino de Apiaí, Profª Ana Paula entregam as bicicletas aos estudantes.
Finalizando com a foto do grupo de Professores Coordenadores da Oficina Pedagógica de Apiaí/SP e Supervisores de Ensino.
Evento importante para a educação e formação de jovens conscientes e comprometidos com o meio ambiente.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Encontro Educacional no pólo - Guapiara
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Dicas de entusiasmo
Ser professor é generosidade, solidariedade, comprometimento com o que está fazendo, é muito mais que ambicionar uma mansão em um grande centro urbano ou uma Ferrari na garagem.
Se escolhemos a educação não tem porque a lamuriação, o descontentamento. Sabemos que a vida é curta, o planeta precisa de socorro, de uma vida simples, mas feliz, fazendo algo para o próximo.
Competências de um líder, você professor:
Gente faz a diferença e vale pelo que faz, simplicidade com criatividade e austeridade, metodologia e qualidade para melhorar sempre, trabalho em equipe com alegria e segurança, responsabilidade com a comunidade e meio ambiente.
É importante mostrar credibilidade aos estudantes, assim serão cidadãos mais seguros, éticos, valorizando mais a vida equilibrada, sem ganância, violência, ambicionando um mundo melhor.
Devemos saber servir, saber ouvir, ser exemplo, inspirar e ser transparente.
sábado, 6 de setembro de 2008
Conhecimento ambiental - Apiaí/SP
Textos de apoio ao professor
A globalização
A globalização não é um processo universal que atua da mesma forma em todos os campos da atividade humana. Ainda que se possa dizer que há uma tendência histórica natural para a globalização nas áreas de tecnologia, comunicações e economia, isso certamente não vale para a política (...)
Não acho que seja possível identificar a globalização apenas com a criação de uma economia global, embora este seja o seu ponto focal e sua característica mais óbvia. Precisamos olhar para além da economia. Antes de tudo, a globalização depende da eliminação de obstáculos técnicos, não da eliminação de obstáculos econômicos. Ela resulta da abolição da distância e do tempo. Por exemplo, teria sido impossível considerar o mundo como uma unidade antes de ele ter sido circunavegado no início do século XVI. Do mesmo modo, creio que os revolucionários avanços tecnológicos nos transportes e nas comunicações desde o final da Segunda Guerra Mundial foram responsáveis pelas condições para que a economia alcançasse os níveis atuais de globalização.
Fonte: Eric Hobsbawn. O novo século: entrevista a Antonio Polito. São Paulo: Cia. das Letras, 2000, p. 70-73.
O mundo e suas redes
O mundo tem uma distribuição desigual de recursos e também uma exploração desigual destes recursos. As redes são distribuídas desigualmente no mundo, em função das densidades humanas, do tempo que o espaço já tenha sido manejado, dos níveis de vida e do tipo de desenvolvimento econômico. As densidades e a integração das redes – particularmente estudadas pela Geografia – estão entre os principais critérios de observação das desigualdades do desenvolvimento no mundo. Hoje, toda a política nacional de desenvolvimento passa pelo desenvolvimento de infra-estrutura de comunicação e, normalmente, pela conexão às redes internacionais.
Fonte: Roger Brunet e Olivier Dollfus. Mondes Noveaux. Paris: Hachette/Reclus, 1990, p. 400.
As redes, a competitividade e a fluidez
Uma das características do mundo atual é a exigência de fluidez para a circulação das idéias, mensagens, produtos ou dinheiro, interessando aos atores hegemônicos. A fluidez contemporânea é baseada em redes técnicas, que são um dos suportes da competitividade. Daí a busca voraz de ainda mais fluidez, levando à procura de novas técnicas ainda mais eficazes. A fluidez é, ao mesmo tempo, uma causa, uma condição e um resultado.
Criam-se objetos e lugares destinados a favorecer a fluidez: oleodutos, gasodutos, canais, autopistas, aeroportos, teleportos. Constroem-se edifícios telemáticos, bairros inteligentes, tecnopolos. Esses objetos transmitem valor às atividades que deles se utilizam. (...)
O ritmo que se pede a cada objeto, para que participe eficazmente da aceleração desejada, supõem que se conheça de antemão os tempos de seu uso, as velocidades que se podem alcançar e os custos respectivos.
Fonte: Milton Santos. A natureza do espaço. Técnica e Tempo. Razão e Emoção. São Paulo : Hucitec, 1997, p.218.
Objetivos do Milênio
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio | |
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Objetivos e metas | Indicadores |
Objetivo 1. Erradicar a pobreza extrema e a fome | |
Meta 1. Reduzir para metade, entre 1990 e Meta 2. Reduzir para metade, entre 1999 e | - Proporção da população com renda inferior a 1 dólar PPC por dia |
Objetivo 2. Alcançar o ensino primário universal | |
Meta 3. Assegurar, até 2015, que as crianças em toda a parte, tanto meninos quanto meninas, conseguirão concluir curso completo de ensino primário | - Taxa de escolarização líquida no ensino primário |
Objetivo 3. Promover a igualdade de gênero e capacitar as mulheres | |
Meta 4. Eliminar a disparidade de gênero nos ensino primário e secundário, de preferência até 2005, e em todos os níveis de ensino até 2015 | - Razão entre mulheres e homens nos ensinos primário, secundário e superior |
Meta 5. Reduzir em dois terços, entre 1990 e | - Mortalidade de menores de cinco anos |
Meta 6 | - Taxa de mortalidade materna |
Meta 7 Meta 8 | - Prevalência da AIDs entre mulheres grávidas com 15-24 anos |
Meta 9 Meta 10 Meta 11 | - Proporção de área terrestre coberta por florestas |
Objetivo 8. Promover uma parceria mundial para o desenvolvimento | |
Meta 12 Meta 13 Meta 14 Meta 15 Meta 16 Meta 17 Meta 18 |